Muitos dos que perderam o emprego durante a pandemia estão a passar por alguns dilemas como, por exemplo, questionar se devem aceitar novos desafios em tempos de incerteza. Embora pareça que ficar em casa a receber o subsídio de desemprego possa ser a solução mais segura, posteriormente terá de lidar com impactos que devem ser considerados para que tome uma decisão consciente.
• Redução de rendimento: Mesmo quem receba o valor mais elevado dificilmente conseguirá manter o nível de vida anterior apenas com o subsídio. Quem tem poupanças pode usá-las, mas no clima de incerteza em que vivemos não se sabe durante quanto tempo serão necessárias.
• Perda de network: Os Clientes com que se costumava relacionar tenderão a obter o mesmo produto ou serviço através de outros. Em funções comerciais esta questão é vital pois não há garantia de que, no próximo emprego, consiga recuperar estas relações. As relações com colegas ou mesmo fornecedores também são afectadas e, a longo prazo, também terão impactos.
• Alteração da rotina: Deixar de ter horários e compromissos faz com que o tempo se esgote rapidamente. Muitas pessoas nesta situação relatam que os dias passam rápido apesar de constataram que não fizeram nada de relevante. Napoleão dizia que se precisamos de algo feito, é melhor pedirmo-lo a uma pessoa ocupada. Quem tem obrigações e compromissos marcados na agenda consegue realizar muito mais actividades do que quem tem o dia todo livre. Quanto mais tempo estiver inactivo mais difícil será regressar à rotina anterior e recuperar o ritmo.
• Adaptação digital: A rapidez com que o mundo muda é alucinante e, a nível digital, é muito fácil de ficar desactualizado. Esta questão é particularmente relevante para as gerações que não nasceram com um smartphone na mão. A transformação digital que está a ser impulsionada pela pandemia está a mudar as formas de trabalhar e, quem não esteja exposto a estas mudanças, terá muita dificuldade em adaptar-se quando regressar a um novo emprego.
• Currículo: O desemprego obriga a que o seu CV tenha um intervalo de tempo em inactividade. Esclarecimentos pouco convincentes sobre o que fez durante este tempo causam desconfiança no entrevistador e a podem afastá-lo do lugar a que se candidatou.
• Saúde mental: Apesar de poder parecer uma contradição, estar desempregado origina stress. A médio prazo, uma situação prolongada de desemprego pode mesmo causar depressão. Ter uma vida activa em que contribui para a sociedade gera um sentimento de propósito que contribui de forma positiva para o bem-estar. Em alguns casos, estar desempregado quando os amigos e familiares estão activos pode gerar sentimentos de baixa auto-estima.
Olhando para 2021 vê-se o fantasma da terceira vaga a pairar no ar e a incerteza do impacto que o fim das moratórias terá nas empresas e, consequentemente, no emprego. Em suma, prevê-se uma retoma tímida por isso, em vez de timidez, recomenda-se coragem para arregaçar as mangas e procurar novas oportunidades de carreira. Pode começar hoje em https://www.vdc-consulting.pt/ofertas-emprego/ . Ter o perfil no LinkedIN actualizado (https://www.linkedin.com/) é também uma forma de chamar a atenção dos recrutadores.